domingo, 23 de janeiro de 2011

Com sertanejo universitário, compositores de
Mato Grosso do Sul viram referência nacional

Luan Santana, João Bosco e Vinícius, Munhoz e Mariano, Michel Teló e tantos outros.
Mato Grosso do Sul é hoje referência e celeiro do sertanejo universitário brasileiro.
Com a invasão de nossos músicos no mercado, outro grande personagem regional
vem se destacando: o compositor.

“Pessoas de todo país estão vindo para MS procurar nossos compositores, esses
profissionais regionais são referência no país no sertanejo, e não só no universitário”,
comenta Marcos Roker, membro da União dos Compositores do Brasil e dono de uma
editora vinculada à instituição, que registra os compositores estaduais.

Grande parte do reconhecimento dos autores regionais veio junto com a onda do
sertanejo universitário. A maioria das músicas cantadas pelos artistas citados no início
da matéria foi escrita por pessoas aqui da região.

Com o reconhecimento aumenta também a renda dos compositores.
“Um cara que tem músicas cantadas por todo Brasil acaba ganhando 200, até 300 mil
reais por ano. Mas isso é raro, a maioria ainda tenta sobreviver com seu talento”, afirma Roker.

Hoje são cerca de 2 mil músicos, compositores e intérpretes cadastrados regularmente
em Mato Grosso do Sul.

Distribuição

Todo direitos autorais de músicos e compositores é pago pelo Escritório Central
de Arrecadação e Distribuição (ECAD). Na teoria toda vez que uma música é tocada
na rádio ou evento, festa e etc., o compositor recebe um valor em dinheiro. Porém na
prática, as coisas são diferentes.

“A arrecadação e a distribuição realizada pelo Ecad é falha. Não existe equipe,
estrutura para uma arrecadação completa, por isso eles costumam ir só nos eventos
maiores. E na distribuição, infelizmente, a maioria do dinheiro acaba indo para os
artistas e compositores mais famosos, não é totalmente certo”, afirmou Marcos Roker.

Airo

Roker ainda comentou sobre a morte do cantor e compositor Airo Garcia Barcellos,
falecido último dia 24 de dezembro, no Hospital Regional de Campo Grande, onde
estava internado.

“Foi uma perda muito grande para a música sul-mato-grossense. Eu conhecia o Airo
faz mais de 10 anos, éramos realmente amigos. A morte dele mostrou para todos nós
da área como a música e o sucesso devem estar em harmonia com um equilíbrio pessoal,
foi uma perda muito grande”, lamentou Marcos Roker.

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